terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Whatever tomorrow brings I'll be there

Um turbilhão de sentimentos. Um mar de sensações. Todas confusas, perturbadoras, ingênuas, tolas. Surgem momentaneamente sem pedir licença, alcançando cada pedaço de nossos corpos. Já amanheceu não há mais o que temer; sua falsa carapuça é então lançada. Permanece o dia sem maiores ocorrências, somente os devaneios corriqueiros e coadjuvantes de cada minuto. Nada de preocupação, pensamento sujo ou alguma loucura qualquer. Eis que, quando menos espero, a onda. Ou melhor, o tsunami de entorpecentes mentais – leiam-se idéias enigmáticas – toma conta de mim num piscar de olhos. Deixa então, suave e lentamente sua capa cair. Estou perdida. Procuro soluções das mais naturais às mais estapafúrdias. Leio um livro. Escuto uma bela canção. Vejo fotografias. Lembro de momentos transformados em afago na alma. E quando insistem em não querer partir, os espanto com tamanha fúria e coragem que, ao fazê-lo, percebo o quão forte sou quando quero. Sou imbatível. Talvez isto se aplique apenas a meu mundo imaginário, mas pouco importa. Nada pode me atingir (tão intensamente) mais.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

All you need is... yourself


E ali se pôs a descansar. Em seu recanto oculto, tímido, por vezes azucrinante, mas sempre aconchegante. Já havia se acostumado com a penumbra insaciável de seus dias. Seu refúgio era perfeito; ali ninguém a perturbava, a criticava, e muito menos a enxergava. Internamente, é claro. Aos olhos padronizados era apenas mais uma garota vivendo normalmente sua monótona vida. Porém, algo de inquietante ao seu redor chamava atenção. Não passava de seu mais profundo interior clamando pela ajuda alheia. Ela não demonstrava, mas sua angústia estava presente há tempos. Quando se envolvia no emaranhado de sonhos, desejos e lembranças, sentia-se segura. Um afago na alma. A essência de seu equilíbrio. E ninguém percebia. Pouco importava. Bastava-lhe saber que nunca estaria sozinha – sua imaginação não a privava de uma terna e completa companhia.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Do inimaginável à realidade

Eles diziam se amar intensamente. Mais do que qualquer coisa. Mais do que tudo. E não havia quem discordasse. Era visível. Protagonizavam agradáveis cenas aos olhos. É sempre bom termos certo contato com um amor jovem, forte, eterno enquanto dura... Causa-nos uma fugaz sensação de bem-estar, uma espécie de esperança diante do ódio, da destruição e da falta de caráter que assolam o mundo cada vez mais. Ela, sonhadora, perspicaz, inteligente, de personalidade forte, e extremamente sensível. Dizia que um dia visitaria a lua, na qual depositava, todas as noites, milhares de devaneios e ideais para um futuro não tão distante. Ele, gentil, convicto, realista, também inteligente e de personalidade igualmente forte, com um coração enorme, sempre disposto a auxiliar seu próximo. Possuía uma imensa doçura, ora oculta, a qual apenas ela conseguia alcançar com seu jeito único. Os dois se completavam. Compartilhavam gostos, maneiras de pensar revolucionárias, admiração mútua, romantismo. Além das semelhanças gritantes, aquilo que faltava a um, podia ser encontrado facilmente no outro. Possuíam todas as características consideradas “boas” em um relacionamento: o amor incondicional, brincadeiras, juntamente de uma seriedade necessária em certos momentos, o companheirismo e a lealdade que, acima de tudo, é um dos pontos mais importantes de uma relação, mais do que a fidelidade propriamente dita. Apesar de alguns contratempos, nada era suficientemente forte para abalar as estruturas do que já fora construído. Trocavam olhares esfíngicos em momentos culminantes; o silêncio por si só já deixava claro o que queriam dizer um ao outro. E assim, sentiam sua conexão intensificar-se cada vez mais. O melhor de tudo? Estavam apenas no início do desfruto de tamanha emoção. O que os aguardava era ainda mais mágico e grandioso perto de tudo que haviam experimentado até então.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

3° Bate-papo Pilhado e 6ª edição do Focas do Q?

Na última quinta-feira, dia 9, ocorreu a primeira reunião do grupo de selecionados - do qual orgulhosamente faço parte - para participar do 3° Bate-papo Pilhado, um dos projetos oferecidos pelo Curso de Comunicação Social da UNISC em parceria com a Folha do Mate de Venâncio Aires. Nos foi apresentado o cronograma de atividades que estão por vir e a idéia geral do programa, para que tivéssemos uma noção do que nos será exigido durante a nossa participação.
Sob o título "Para que lado eu vou?", o tema desta edição serão as escolhas profissionais de jovens estudantes, prestes a tomar uma das decisões mais importante de suas vidas.
Confesso que estou com grandes expectativas. Acredito que o grupo escolhido está apto para realizar um grande trabalho. Pretendo dar o melhor de mim e não economizar forças para que tudo esteja em perfeito harmonia.


Lista dos selecionados para o 3° Bate-papo Pilhado

Foto "oficial" do grupo em sua primeira reunião

Quando acho que as emoções da semana param por ai, eis que me deparo com meu nome dentre os selecionados de mais um projeto: a 6ª edição do Focas do Q?, parceria entre a Comunicação da UNISC e o Jornal Gazeta do Sul. Depois de ouvir relatos incríveis de pessoas que já participaram, e de me inscrever "nos 47 do segundo tempo", no Domingo à noite, foi com quande surpresa e felicidade que me descobri como uma das escolhidas. Nossa primeira reunião se realizará no dia 15 de setembro, quarta-feira, às 17:30 hs na Gazeta do Sul.

Lista dos selecionados para a 6ª edição do Focas do Q?

Diante de tais conquistas, atrevo-me a dizer que comecei com o pé direito em meu novo curso. Não poderia estar mais satisfeita com o que tenho conseguido até então: desde belas amizades à um vasto conhecimento. Meu objetivo principal, a partir de agora, é me dedicar inteiramente para que no fim eu tenha a sensação de dever cumprido, juntamente do orgulho por fazer parte de tão conceituados projetos.

domingo, 29 de agosto de 2010

Companheiros de uma vida

Nunca tive medo de desafios. Acredito serem fundamentais para a construção de uma personalidade sólida e, diga-se de passagem, honrada. É nas piores situações que mostramos nossa verdadeira face. Há quem fuja furiosamente da "raia"; aqueles que ao se depararem com a dificuldade, simplesmente a circundam. Estes muitas vezes levam os méritos mesmo sem nada terem feito. Todavia, ainda existem aqueles que não temem o desconhecido. Aqueles que ao encontrarem uma pedra no caminho não pulam, não desviam, não fingem que ela não existe, mas sim a encaram, a chutam para longe e seguem sua jornada sem maiores complicações. Estamos em extinção atualmente, esta é a triste realidade. Sim, estamos. Me dou o luxo de auto intitular -me como tal. Nunca corri, nunca me desesperei ao ter empecilhos em meu trajeto. Me orgulho disso. Acho que persistência é uma das minhas qualidades mais notáveis. Não permito que obstáculos abalem meus planos, meu jeito, meus pensamentos ou tudo que já conquistei. Deles extraio o elixir de meu equilíbrio.
Pois bem, não nego estar em um momento de extrema sensibilidade, com o qual já tenho certa intimidade. Repentina e constantemente esses minutos de reflexões invadem meus dias. Foi pelo fato de estar encarando alguns pedregulhos desnecessários - mas perniciosos - que acabo alcançando tais devaneios. Mas como já mencionei antes, não tenho medo. Nada é suficientemente forte para quebrar o elo já criado. E é esse pensamento que me faz deitar tranquilamente todos os dias a cabeça no travesseiro, de modo que me sinta segura de todos meus sentimentos e de tudo que vivi até então.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Recado da alma


E foi assim: de maneira avassaladora e repentina que tomei conhecimento de sua existência. Sensações, olhares, pensamentos que se identificaram, gostos semelhantes... Cada ingrediente que deve, teoricamente, compor a receita mágica se fazia presente. No início, a apreensão tomou o lugar da felicidade suprema em estar vivenciando tal situação. “É bom demais para ser verdade”, eu pensava. Não conseguia crer que tantas coisas esplêndidas estivessem acontecendo de uma só vez. Ah, mas estavam. E como estavam.

Uma das tarefas mais árduas que já me atrevi a fazer é esta; tentar descrever com precisão este novo universo do qual estou fazendo parte. Sim, é novo para mim. Sou uma principiante nesta arte. Todas minhas anteriores tentativas de contato foram frustradas pelos mais variados motivos. Quando me encontrava já desiludida e desacreditada, eis que surge a famigerada “luz no fim do túnel”. A partir daí, tudo começou a fazer sentido e a se encaixar perfeitamente.

O que antes era receio, hoje se chama alegria intensa. A reciprocidade – até então desconhecida – é o que muitas vezes me dá forças para ir adiante. As coisas ficam mais bonitas, os sacrifícios diários são recompensados, os obstáculos são facilmente superados e os pesadelos transformam-se em sonhos. Tudo possui uma dimensão diferente. É como se, antes, eu fosse um quebra-cabeça que perdera sua última peça. Acabo agora de encontrá-la. Sinto-me completa. E não há nada que pague tal sentimento. Apenas quem o vive ou já viveu entende do que estou falando.

É complicado encontrar palavras adequadas para se falar de algo tão complexo. Mas qual é o problema? Amar não necessita fazer sentido! Basta que vivamos o amor da maneira mais intensa possível, usufruindo de cada momento como se fosse o último.


Previamente já aviso: amar e ser amada é a melhor coisa que existe!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Do lado esquerdo do peito


Como boa canceriana que sou, possuo a sensibilidade como uma das principais características que me designam. Mais do que isso; considero-a como parte de minha essência.
Ser sensível nos dias de hoje, requer um certo "jogo de cintura". Nem sempre somos corretamente interpretados pela sociedade, e tampouco por nossos conhecidos. O fato é que não conseguimos controlar quando e de que forma nossos sentimentos irão se manifestar. Família, amigos, namorado (a), todos nossos queridos têm uma dimensão especial em nossa vida. Costumamos priorizar a existência dessas pessoas - às vezes mais do que o necessário - tornando-nos seres imcompreendidos em certos momentos. Pois bem; tal introdução nos traz ao tema de hoje: a amizade. Está certo que o dia do Amigo já passou, e que eu poderia ter declarado toda minha dependêcia emocional em relação aos meus amigos há tempos. Porém, acredito na validez de qualquer momento para expor a imensa importância deste vínculo fraterno.
Poucas pessoas são dignas de tal função para mim. Atualmente, sei muito bem diferenciar os conhecidos dos amigos. Modéstia a parte conheço bastante gente, mas é com uma ínfima parcela dessa gente toda que eu posso realmente contar. Da escola, sobreviveu a amizade das amigas de anos, e de alguns outros poucos colegas com os quais ainda mantenho contato. Com a faculdade e o trabalho, tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, algumas delas inclusive, posso estufar o peito e dizer: são meus amigos. Me sentir situada e bem recebida no meio em que estou inserida é de inegável importância para mim, logo, ter encontrado pessoas com as quais me identifiquei ao máximo me deixou muito feliz. Sei que por mais que os anos passem, as carreiras mudem, os hábitos e lugares frequentados sejam outros, a amizade continuará intacta e sempre do mesmo jeito.
Eu seria simplesmente nada sem meus amigos. São eles que estão do meu lado tanto nos maus quanto nos bons momentos; estão sempre a disposição para me reerguer caso eu caia, ou para me fazer rir caso eu esteja triste. Com eles compartilho histórias, receios, experiências, habilidades, momentos, etc. Sinto-me segura ao lado destes. Nossa cumplicidade e irmandade é suficiente para minha plena realização.
Infelizmente, não existe uma foto na qual compareçam todas - sem exceções - essas pessoas supra citadas, portanto, colocarei fotos de algumas delas. Ainda faltam muitas. Mesmo assim, todos que seguem presentes têm um espaço especial do lado esquerdo do meu peito.


Rodrigo, Luciano e Cynthia - alguns dos amigos feitos no Direito


Estagiários da 2 ª Vara Judicial do Fórum - alguns dos amigos do trabalho


Melhores amigas de anos

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mudanças

Mudanças são inevitáveis ao longo de nossa vida, sendo estas essenciais para nosso crescimento pessoal. Nada de muito especial, ou que pudesse ser levado em conta havia balançado com minhas estruturas até então.
O ano de 2010 iniciou prometendo muitas novidades. Pela primeira vez em minha vida tive experiência profissional, "trabalhando" como estagiária da 2ª Vara Judicial do Fórum de Rio Pardo. As aspas se dão em função de eu não ter recebido pelo meu "trabalho". No Fórum iniciamos como estagiários voluntários, e assim que surgir alguma vaga, o cargo passa a ser remunerado, sendo este reconhecido pelo Poder Judiciário.
Fora uma experiência demasiadamente importante para mim. O aprendizado não foi limitado ao conteúdo jurídico propriamente dito. Muito pelo contrário, me auxiliou com questões atinentes à responsabilidades, maturidade, relações pessoais, etc. Eis que surge outra grande mudança repentina: decido que o Direito não é o que desejo para meu futuro, e abandono estágio e faculdade subitamente para me dedicar à Comunicação. Não me arrependo de forma alguma por ter tomado tal decisão, uma vez que além da bagagem experimental que trarei comigo, acabei conhecendo pessoas maravilhosas, com as quais criei vínculos de amizade extremamente fortes.



Não contente com tais modificações, o destino resolve dar uma guinada em minha vida novamente. Dessa vez o setor que sofreu alterações - graças à Deus! - foi o amoroso. Comecei a namorar uma das pessoas mais incríveis que já tive a oportunidade de conhecer. Eu sei, sou suspeita para dar opiniões, mas é a mais pura verdade. Tem sido uma relação intensa, que me proporciona sentimentos até então desconhecidos por mim. Enfim, se eu começar a falar disso não pararei tão cedo.
O que quero deixar claro é que, querendo ou não, estamos em constante metamorfose ao longo de nossa existência. Mais cedo ou mais tarde, mudanças acontecerão, contribuindo de alguma maneira para a nossa evolução. Não podemos esquecer, também, que muitas delas acontecem se nós tomarmos a iniciativa. A mudança pode começar propositalmente, basta querer.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Poetisa particular


Ontem à noite, logo após chegar em casa do trabalho, me deparei com mais uma confirmação de que estou no caminho certo: encontrei poemas de minha mãe, até então desconhecidos e muito bem escondidos no quarto dos meus pais.
Minha mãe é professora de Português e Literatura de Ensino Médio há vários anos. Acredito que minha veia literária origina-se disso. Compartilhamos a avidez pela leitura e a escrita; ela sempre revisou meus textos, sempre me encorajou a escrever. Me indicou livros incríveis, quais autores eu provavelmente gostaria - e nunca se equivocou nesse quesito. Quando foi preciso mostrou-me construções falhas, pontos à melhorar, assim como muito elogiou e se emocionou com minhas palavras. Enfim, realmente devo ter herdado esse interesse dela, que já me confessou sobre suas dúvidas ao sair da Escola, e seu intuito de cursar Jornalismo à alguns anos atrás. Só aí já temos alguns "sinais" de que minha escolha de profissão possui embasamentos genéticos.
Ao ter contato com seus poemas - alguns produzidos durante a faculdade, outros há pouquíssimos anos - fiquei perplexa diante de sua facilidade de expressão e habilidade com as palavras. Eis que me deparo com uma poetisa de muito potencial em minha própria casa. Já virei fã. Avisei-a que guardarei os poemas a sete chaves comigo e que iria, por várias vezes, expô-los aqui no blog, só pelo prazer de mostrar meu orgulho. Posto agora um dos que mais me agradaram.
Apreciem à vontade.

CLARO/ESCURO

Derrama-se o outono
sobre a cidade
e sobre mim,
alaranjando telhados,
verde-amarelescendo tudo que é vivo
numa explosão de luz que me cega
(a mim e a meu coração)
folhas velhas, ferruginosas
caindo, camuflando, cambiantes de vidamorte.
Caem os cabelos, os elos, os sonhos
e as máscaras!
Do azul insuportável das manhãs
resquícios de possibilidades
o pensamento poderia voar...
(talvez pudesse me encantar)
mas esboroa-se, esvai-se
retumbando a cada passo
batendo no encrespado chão marrom.
Doendo.
O arco-íris não deu certo:
anoiteci.

Por Liliane Souza, mãe da pseudo-escritora que vos fala

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O mestre



Também conhecido como “a cura de todos os males”, temos nosso protagonista da vez: o tempo.

“Surge infindável dúvida concernente a teus mistérios impalpáveis.
És constante e imprevisto; sabido e impetuoso.
É ai que me questiono: para que tantos impasses?
Já nos é internalizado tua crucial importância em nossas vidas;
incrustado estás em roteiros alheios à tua vontade
sendo nós, meros escravos de teus intuitos.

Ó tempo imensurável! Por que insistes em retardar?
Não basta que controles o rumo a ser seguido?
Ansiamos por respostas breves - estas que nos atormentam noite e dia!
Permanece a enfadonha espera; a única certeza é tua onipresença.
Constante, imprevista, sabida e impetuosa.”
Isadora Trilha

Falta tempo. Sobra tempo. Depende da atividade propriamente dita para se firmar em um conceito. “O tempo voa!” - dizem alguns. Metaforicamente falando, não deixa de ser uma verdade. O tempo realmente parece possuir asas imaginárias, fazendo com que este voe cegamente por aí. Porém, às vezes, estas asas cansam; preferem repousar até que surja novamente a vontade de voar. Coitado é aquele que ocupa seu ócio com a contagem de minutos, horas, dias, etc. O mestre parece não gostar de ser vigiado. Sempre que alguém se propõe a controlá-lo, este se revolta, tendendo a se demorar propositalmente. É ai que mais sofremos. Fatigados de tanto esperar, damos o braço a torcer, tentando de todas as maneiras olvidá-lo. E quando nos damos por conta, repleto de sua bondade – ora oculta – surge o tempo como uma dádiva; temos então o tão esperado momento em nossas mãos. Nos sentimos inundados pela satisfação de ter tanto esperado, e, agora, estarmos em contato com o objetivo. E então, tudo volta a ser como anteriormente dito.

Falta tempo. Sobra tempo.

domingo, 18 de julho de 2010

Viver requer habilidades

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

De fato. Minhas últimas experiências apenas corroboram com o título desse post. Veremos por quê.

Ao se formarem no Ensino Médio, muitos adolescentes têm de encarar a decisão de seguir algum curso superior. Alguns dão sorte; já saem da escola com intenções claras e objetivas sobre seu futuro. Outros – assim como eu – sentem-se pressionados por fatores como família, finanças, opiniões alheias, etc, e acabam “metendo os pés pelas mãos”, entrando em cursos que não lhe agradam, e sim a terceiros.

Sempre fui comunicativa. Confesso que às vezes me acho um tanto verborrágica. As aulas de redação eram as minhas preferidas e, modéstia a parte, nunca tirei notas abaixo de 9 nesta matéria. Me orgulho disso pelo simples fato de amar a escrita e suas infinitas possibilidades de expressão. Levando em conta esses fatores, sempre me ative a pesquisar e buscar informações atinentes à área da Comunicação Social, que acredito ser a que mais se encaixa com meu perfil. Sai da escola e prontamente busquei a inserção no curso de Publicidade e Propaganda, oferecido pela UNISC.

Depois de pouco tempo de aulas, decidir mudar abruptamente para o Direito, levando em conta fatores não dignos de serem anunciados por aqui. Um ano e meio de curso, e meio ano de experiência na área jurídica depois, me fizeram perceber que este não era o caminho que sempre quis percorrer. Não me senti feliz, não me senti completa. E, de repente, tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida: abandonar faculdade e trabalho subitamente, para ir atrás do que amo.

Hoje, um pouco mais tranquila e aliviada, acredito ter sido uma boa escolha. Estou disposta à ir fundo e entrar de cabeça – novamente – na Comunicação. Mas desta vez há outro chamado. Vou iniciar Jornalismo. Minha vocação clama por atenção há muito tempo.

Chegou a hora de agir sozinha; o que os outros almejam em relação a mim é problema deles. Eu vou fazer a minha vida.



I miss you


Sinto-me irradiada de felicidade ao lembrar-me dos momentos incríveis ao teu lado. Ao mesmo tempo em que tal sentimento me assola, o vazio criado por tua ausência invade meu peito. Eis que me dou conta da palavra que resume o que estou sentindo: Saudade.

Procuro preencher a falta com o que possa proporcionar algum prazer, porém, nada supre completamente a incrível força da tua presença em minha vida. Em meus devaneios, atenho-me a focar na tua pessoa, possibilitando que eu sinta nossa conexão, ainda, de alguma maneira.

Permaneço à espreita com sofreguidão. O tempo se faz presente como o meu maior inimigo. Quanto mais anseio por tua volta, mais ele insiste em se delongar.

Ah, a saudade! Mistura complexa de sensações em torno de um único ser; atinge-nos intensamente sem dar prévio aviso. Nada mais é do que a comprovação, expressa internamente, de que o passado – não tão distante – teve um imenso valor.